sábado, 28 de dezembro de 2013

Correndo ao ermo ...



"Então , após sua fixa corrida , Kath para; então ocorre uma pausa . A respiração ofegante mais ao mesmo tempo relaxada . Caída no chão solitário e frio, ela ergue a sua cabeça e concerta seu longo e liso cabelo preto que escorre agora em seu rosto. Depois desses mínimos e minuciosos detalhes , ela avista ao longe muitos vultos pretos identificáveis , que produzem em sussurro o barulho misterioso; mas ainda assim , eles não permanecem parados , muito pelo contrário os mesmos aumentam suas velocidades em direção a Kath. Perplexa e totalmente sem reação , ela permanece no mesmo lugar frio de antes ... mas agora , os vultos tomam forma ; são mulheres , de pele branca e lisa , com grandes olhos vermelhos e longos cabelos pretos como os seus ... mas elas não andam , e sim flutuam; estavam a segundos de distancia da bela Kath , e em fim , quando chegam exatamente onde ela está , balançam os cabelos e abrem uma misteriosa risada para ela , e então todas as mulheres , no total de quatro , tiram de suas costas facas amoladas e pontudas e por fim matam a pobre Ka... BUM!Os olhos da jovem Juliet se abrem rapidamente , e sua respiração ofegante não possui controle ... ela não acreditara no que acabara de presenciar , tudo parecia tão real ... mas era apenas um sonho... será? e tudo isso pode saltar de sua cabeça e tornar-se realidade ? Bom , disso nunca saberemos , pois aquele repetitivo sonho ou mensagem , jamais fora revelado , nem para própria Juliet. " - Katherine Pierre










A transparência do meu oceano.


"Estava muito frio e escuro , e eu caía aos poucos e de maneira cautelosa , cheguei nas profundezas daquele escuro oceano. Tudo era cheio de água ... mas ao mesmo tempo apertado e fechado. Confusa e perdida , analisei-me sem alguma pretensão de retorno ... mas algo estranho estava ocupando o lugar dos meus brancos pés. Eram grandes caldas de sereia , azul escuro e cheia de pérolas brilhantes. O que estava acontecendo? Ao mesmo tempo que espantava-me por essa situação , sentia muita falta de ar e um extremo desespero que corria pela minha mente e fazia-me sentir uma pesada e extrema dor de cabeça...
Procurando alguma saída para fugir daquele estranho lugar , notei um grande e velho tronco no centro ; mas ele não estava vazio , e sim acompanhado de três pessoas presas nele . Tentando identifica-las e ao mesmo tempo gritar por socorro , nadei como um peixe extremamente habilidoso ao derredor dos mesmos , mas eles nada responderam . Após dar aproximadamente três voltas ao seu redor , consegui finalmente perceber que não eram meras pessoas desconhecidas , e sim os meus dois melhores amigos e o meu irmão. 
Após gritar por horas e horas , padeci de cansaço. E então , os três saíram manipuladamente nadando em direção a superfície."

 - Katherine Pierre 

O meu , o seu e o nosso tão sonhado amor.



" Ontem você pode ter sentido menos amor do que hoje , e hoje você sentiu mais raiva do que antes de ontem. Mas não se sinta mal querido leitor ! Pois essa será a tua incansável vida. Alguns tem uma percepção mais aguçada quando se fala da vida , outros não. 
Eu por exemplo , pratico esse terrível e pertinente exercício de preocupar-me com as poeiras da minha vida e a das coisas exteriores quase todo instante.

Por esses dias , estava no ônibus, no último banco como de costume , e após uns trinta minutos avisto em minha direção uma criança de pele morena , com os pés descalços e blusa e shorts surrados pelo tempo , estava vendendo chicletes e perguntou-me se eu gostaria de comprar algum , e que só custavam um real. Naquele instante eu não possuía alguma moeda , e então só falei que não. 
Pode ser que nada disso lhe abale ,ou que exemplos como esse sejam clichês ... mas ainda assim aquilo perturbou-me todos esses dias ...
Onde está o amor ?
Será que a nossa compreensão dele fugiu ?
Será que tratamos ele como se fosse qualquer coisa ?
Já dizia o compositor Jorge Vercillo : Para uns ele e chave , para outros e prisão.
E será que esse pequeno vendedor de balas conhece essa palavra : Amor ... Amor ... Amor ... ?
Será que ao menos ele conhece o sabor dessa palavra ? 
Não venho aqui dizer-lhes como a miséria está grande ou como somos frios , não !
Mas sim como podemos amar e ser amados e ainda assim nunca conhecermos o sabor dessas quatro letras que movem quase todo o nosso ser... 
E será que estou certa em achar que o pequeno vendedor não conhece o amor ? 
Não !
Pois ele próprio demonstra isso todos os dias ao vender seus doces . 
Não sabemos o que e o amor ... porque estamos tão cegos que ele já transcendeu a nossa compreensão." 
- Katherine Pierre.